Vai exportar madeira? Sem esses documentos, nada feito

Índice
- Introdução
- Explore as legislações e certificações para realizar a exportação de madeira
2.1 Documento de Origem Florestal (DOF)
2.2 Integração com os sistemas SISFLORA e Sinaflor
2.3 Licenças de exportação e registro no Siscomex
2.4 Certificações voluntárias como o FSC
2.5 Certificados fitossanitários e de fumigação
A exportação de madeira vem ganhando cada vez mais espaço na economia brasileira. Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), o setor de árvores cultivadas registrou um crescimento de 16,9% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024.
Foram mais de US$ 3,7 bilhões comercializados, com destaque para celulose, papel, madeira serrada, compensados e painéis.
Esse avanço refletiu diretamente no peso do setor nas exportações do agronegócio, que passou de 9,4% para 10,7% do total vendido ao exterior. Mas, para aproveitar esse mercado promissor, é essencial entender a burocracia e os documentos obrigatórios. Continue lendo para conferir nossas orientações e evitar dores de cabeça no processo.
Explore as legislações e certificações para realizar a exportação de madeira
Antes de dar início às operações de exportação, é essencial compreender que há uma série de exigências legais e documentais a serem seguidas.
Desde autorizações ambientais até certificações específicas, cada etapa deve ser cuidadosamente planejada para garantir a legalidade e a aceitação internacional da madeira brasileira.
Documento de Origem Florestal (DOF)
O Documento de Origem Florestal, ou DOF, é indispensável para transportar e armazenar produtos florestais nativos. Emitido pelo IBAMA, o DOF assegura a legalidade da madeira por meio do sistema DOF+, que permite monitoramento e gestão das licenças ambientais.
Integração com os sistemas SISFLORA e Sinaflor
A emissão do DOF só é possível com a integração ao Sinaflor e aos sistemas estaduais SISFLORA. Esses registros garantem a rastreabilidade das atividades como desmate autorizado, manejo e comercialização.
Licenças de exportação e registro no Siscomex
Todo exportador precisa estar habilitado no Radar/Siscomex. Esse sistema do Portal Único de Comércio Exterior é a base para obter a Licença de Exportação, emitida pelo sistema LPCO.
A documentação obrigatória deve conter:
- DOF,
- certificado de regularidade no CTF/APP do IBAMA,
- nota fiscal,
- romaneio de carga,
- fatura comercial,
- Declaração de Exportação (DU-E).
Certificações voluntárias como o FSC
Certificações como o FSC (Forest Stewardship Council) garantem que a madeira vem de florestas manejadas com responsabilidade ambiental e social.
Em muitos mercados, especialmente Europa e América do Norte, esse selo é essencial para acessar setores como papelaria, móveis e construção.
Certificados fitossanitários e de fumigação
Países como EUA, China, Japão e Austrália exigem documentação sanitária rigorosa para evitar a entrada de pragas. Entre os principais documentos estão:
- Certificado Fitossanitário Internacional (CFI),
- certificado de fumigação,
- declaração de conformidade sanitária.
Esses certificados fitossanitários, ambientais e de origem são solicitados por meio do sistema LPCO (Licenças, Permissões, Certificados e Outros Documentos) e, dependendo do tipo de produto florestal, podem exigir inspeções presenciais ou testes laboratoriais específicos. Por isso, o planejamento logístico e documental é essencial para evitar atrasos na exportação de madeira ou até mesmo a devolução da carga na alfândega.
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Fonte:
https://iba.org/setor-de-arvores-cultivadas-bate-recorde-de-exportacoes-no-1-trimestre-de-2025
https://www.gov.br/siscomex/pt-br/informacoes/colegiados/colfac/alfs/ApresentaoIbama.pdf
https://admin.imaflora.org/public/media/biblioteca/brazil_timber_legality_risk_assessmet.pdf